O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden,
pediu desculpas a Barack Obama por ter antecipado a discussão sobre o
casamento homossexual poucas horas antes que o presidente americano se
mostrasse favorável ao matrimónio de pessoas do mesmo sexo, na
quarta-feira.
De acordo com fontes da Casa Branca consultadas pela
imprensa americana, o pedido de desculpas aconteceu no salão oval da
residência oficial do presidente, pouco antes da entrevista concedida à
emissora de televisão ABC News.
No domingo, o vice-presidente havia dito que se
sentia “absolutamente confortável” com o casamento entre pessoas do
mesmo sexo. A declaração causou uma pressão da opinião pública sobre
Obama para que revelasse a sua opinião sobre o tema, divulgada na quarta-feira.
“Minhas visões sobre as coisas estão a evoluir e hoje
considero que casais do mesmo sexo deveriam poder se casar”. O anúncio
foi considerado histórico, visto que nenhum presidente dos Estados
Unidos em mandato havia se manifestado positivamente sobre o tema.
Durante a entrevista à ABC, o presidente havia
afirmado que Biden “passou do ponto” ao se declarar favorável, mas que o
fez “com generosidade de espírito”.
Na terça, o Instituto Gallup divulgou uma pesquisa
mostrando que 50 por cento dos americanos apoiam o reconhecimento legal
dos casamentos homossexuais, contra 48 por cento contrários.
O apoio aos casamentos homossexuais varia muito em função do segmento social
e ideológico. Enquanto 65 por cento dos democratas e 57 por cento dos
independentes se posicionam a favor da legalização, só 22 por cento dos
republicanos aceitam.
Além disso, as diferenças surgem em função da
religiosidade dos americanos, já que 88 por cento dos cidadãos
americanos sem identidade religiosa apoiam o casamento homossexual, mas
os contrários ganham espaço entre os católicos (47) e, sobretudo, nos
protestantes (59 por cento).
Apesar da escala nacional, os partidários superam os
oposicionistas, em um ano em que os favoráveis ao casamento entre
pessoas do mesmo sexo reduziram em três pontos. Em 2011, 53 dos
americanos questionados eram a favor e 45 por cento contra.
A enquete, realizada pelo instituto Gallup entre 3 e 6
de Maio, perguntou a 1.024 pessoas de todos os estados do país a
opinião sobre o tema. A pesquisa tem uma margem de erro de três por
cento.
Fonte: o verbo
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